Arquivo mensal: novembro 2022

Dia “D”: Valorização e Respeito da Cultura Negra

A Escola Ana Cândida, promoveu na data de 18/11 o dia “D”: Valorização e Respeito da Cultura Negra em celebração ao mês da Consciência Negra  e em consonância com a lei 10.639/ 2003 que garante o estudo sobre a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indigena no currículo oficial da Rede de Ensino de todo país incluindo, escolas públicas e particulares. A inserção da lei que a 19 anos, garantiu a inclusão de debates entre os educadores e gestores de políticas públicas de educação em todo território nacional, contribui para visibilizar a história dos povos que foram escravizados. 

O conteúdo programático do ensino médio e fundamental passou a incluir o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Conforme dispõe a lei, esses conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, mas especialmente nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. 

O que é educação antirracista?

  Educação antirracista é uma ação que visa inibir a disseminação de falas racistas e discriminatórias associadas à cor da pele, somada a valorização de diferentes culturas africana e indigena, visando a proteção de jovens e crianças vítimas do racismo desde a tenra infância. 

“Adotar a educação antirracista na escola significa rever escolhas que dizem respeito não apenas a atividades extracurriculares ou comemorativas. É preciso ressaltar a diversidade nas representações em livros, murais e brinquedos, por exemplo. É um cuidado que começa no espaço, no currículo, nas metodologias e na formação docente da Educação Infantil.” ( por Equipe Lyceum)

Neste evento ocorreu a Palestra: Identidades Culturais Brasileiras ministrada pela Prof.ª Poliana Nascimento, graduada em Língua Portuguesa, História e Pedagogia. Pós graduada em Legislação Educacional e Cultura Africana. Codeputada estadual Eleita pelo Movimento das Pretas do PSOL. Desfile de vestimenta que influenciaram a cultura brasileira, Roda de capoeira, Construção de um painel coletivo de conscientização, Teatro com a turma Galpão:  –  “Menina pretinha linda.”

6ª. Marcha da Consciência Negra da Baixada Santista

Mongaguá contou com a 6ª Marcha da Consciência Negra da Baixada Santista que aconteceu no dia 20 de novembro de 2022. A largada ocorreu na Praça Dudu Samba, no Centro. O percurso contemplou as vias: Avenida Mário Covas Jr. Rua Iolanda Ferrigno, Avenida São Paulo, Avenida Getúlio Vargas, Avenida Marina e Rua Brasília Teixeira Seckler.

Cultura na praça – Ao término, houve intervenções culturais, com exposição de empreendedores negros, na Praça Fernando Arens (Centro). O evento foi organizado por diversas entidades ligadas ao movimento negro e contou com o apoio da Prefeitura de Mongaguá.

Fotos por Day Rodrigues

Espetáculo infantil “Quizumba” chega em São José do Rio Pardo para apresentar artistas negros da palhaçaria !

Espetáculo infantil “Quizumba” chega em São José do Rio Pardo para apresentar
artistas negros da palhaçaria que abriram os caminhos do circo no Brasil.

Em nova temporada, agora com a Indômita Cia de Circo e Teatro, o espetáculo infantil Quizumba se apresenta pela primeira vez em São José do Rio Pardo, na Fábrica de Expressão, no dia 11 de novembro. O convite é um mergulho nos números circenses e autorais da Loi Lima, através da palhaça Ursa Maior, que rememora a trajetória de quatro artistas negros do riso importantes para a história do circo brasileiro, mas que sofrem de um apagamento profundo no Brasil: Benjamin de Oliveira, João Alves. Marina de Oliveira e Maria Eliza Alves.

De maneira lúdica, divertida e poética, dialoga com todas as idades, das crianças aos adultos, uma vez que apresenta o caminho de volta, aquele de encontro à ancestralidade e de encontro aos que vieram antes.

E dessa vez, o circo chega na cidade com uma mulher negra no centro do picadeiro, conduzindo o riso através da palhaçaria, adicionando mais uma página na história que a anos vem sendo escrita, mas não possui tantos registros. “Descobri que Dona Maria Eliza, o importante palhaço Xamego, nasceu em São José do Rio Pardo e já se apresentou aqui. São quase 100 anos que nos separa. Sinto que tenho mais propriedade para ocupar esse espaço cênico. Quando você tem lastro, respaldo, você consegue andar muito mais longe”, conta Loi Lima.

“O Quizumba em especial, trás essa gira, esse ciclo, essa ideia de que não existe fim, e que na nossa construção é começo, meio e começo. Estou falando para as crianças sobre a trajetória e importância dos mais velhos, apresentando a circularidade”, conta Loi Lima.

Loi Lima, pesquisa e desenvolve esse espetáculo desde 2017, com estreia em 2019 e agora, reestreia em 2022, em busca do fortalecimento de uma infância preta emancipadora e de uma infância branca antirracista.

“Quando eu era criança, eu gostava muito de ir ao circo, mas eu tinha muito medo da exposição que o palhaço me podia causar. Lembro que as crianças negras, como eu, eram sempre alvos dos palhaços, dos circos pequenos de bairro, e eu que sempre gostei muito, sentava nas últimas fileiras, lá atrás, pra não correr o risco. Ser uma palhaça negra, estarem cena, conversando com crianças negras, dialogando com a infância negra, me trás essa possibilidade de usar o humor não de forma opressora, mas de maneira libertadora”.

Com todo esse repertório, Ursa Maior chega com seu circo e arma a maior Quizumba junto com Solange, sua capivara de estimação, trazendo para a cena números de palhaçaria, manipulação de bonecos e músicas, com magia, mistério e eventos sobrenaturais que versam sobre a importância da memória e da ancestralidade na formação de referencial, pertencimento e autoestima do indivíduo em sua infância.

Esta palhaça carrega e divide o seu grande tesouro: aqueles e aquelas que vieram antes e abriram os caminhos para o riso que liberta.

Serviços

11 de novembro de 2022 às 19h30 Fábrica de Expressão

Endereço: R. Francisco Glicério, 64 – Centro, São José do Rio Pardo – SP, 13720-000

Entrada gratuita

Classificação: Livre

Duração: 50 minutos