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Itanhaém está entre as últimas cidades da Baixada Santista à contemplar os fazedores de Cultura da Lei Paulo Gustavo!

Itanhaém é uma entre as nove cidades da Baixada Santista de São Paulo e a morosidade para fomentação da Lei Paulo Gustavo, destaca – se ao lado de Cubatão que permanece na retaguarda para divulgação da lista de aprovados. Em contrapartida: Bertioga, Praia Grande, São Vicente, Peruíbe, Mongaguá e Santos estão em processo de pagamento ou já contemplaram os fazedores de cultura de seus respectivos municípios.

O descaso das políticas públicas da cidade de Itanhaém, impacta profundamente a população que anseia por oportunidades profissionais e se afoga no limbo e escassez de diversidade cultural. Notadamente percebemos que a cidade investe em mega shows de artistas do cenário nacional e paralelamente os artistas locais, encontram -se ao Deus dará.

A Lei Paulo Gustavo é uma Lei emergencial que tem como proposito, agraciar artistas que estão á margem da sociedade e o atraso deste recurso para muitos fazedores de cultura, representa a manutenção da miséria de povos em situação de vulnerabilidade.

*Na oportunidade até o fechamento desta matéria não foi divulgada a lista dos fazedores de cultura contemplados (28/03/2024).

Artistas ocuparam a Secretaria de Cultura em ato contra o Desmonte da Cultura em São Paulo

Durante 48 horas profissionais das artes de seguimentos diversos ficaram acampados na Secretaria da Cultura exigindo imediato afastamento do Secretario da Cultura André Sturm, por discordarem da competência do mesmo em dialogar com a classe artística.

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Manifestantes passaram a noite na secretaria municipal da cultura de São Paulo, pedindo à saída do secretário depois da divulgação de um áudio gravado entre um ativista e o secretário da cultura de São Paulo André Sturm, no qual ele ameaça “ quebrar a cara” do ativista depois de ser questionado por ele sobre os problemas atuais enfrentados pelos artistas com os cortes das verbas para a cultura de São Paulo.

Após mais de 18 horas de ocupação, houve uma reunião com o secretário especial de Relações Governamentais, Milton Flávio que foi enviado pela prefeitura afim de negociar o fim do ato, no entanto, a posição da prefeitura por ora é manter Sturm que ameaçou “quebrar a cara” de um ativista, como secretário da cultura de São Paulo.

Por fim, passadas 30 horas de ocupação, na noite de ontem , dia 01º/05, os 70 artistas que ocupavam o gabinete so secretário de cultura André Strum, depois de assembleia decidiram deixar o local diante da  possibilidade de uma ação policial d reintegração de posse por determinação do prefeito João Dória (PSDB).  Quando deixaram o prédio da Galeria Olido este ja estava cercado por PMs e policiais da guarda civil.

Agora o movimento Frente Única de Cultura convoca uma audiência para 5 de junho, às 19h no Galpão Folias (ao lado do metrô Santa Cecília) a fim  de se articular os próximos passos.

Recapitulando…. 

Os manifestantes se manterão firmes pacificamente com o propósito da saída de André Sturm de seu atual cargo.
Abaixo vídeo sobre o estopim, que culminou com o transbordamento e indignação por partes dos ocupantes do movimento, foi a fala de Sr. Andre Sturm  proferida ao agente de cultura Gustavo Soares, de 25 anos, no qual Sturm disse em tom ameaçador: “Vou quebrar a sua Cara”


Frente ao ocorrido o Movimento Frente Única de Cultura (FUC) lançou uma nota de repúdios na qual apontam os diversos erros e a postura autoritária da gestão do atual secretário municipal de cultura (André Sturm) a começar pelo anúncio de Doria sobre o congelamento dos recursos de cultura que, segundo o movimento, já era um
Prenúncios do desmonte da cultura que estava por vir e traria impacto em especial aos bairros periféricos da cidade de São Paulo, região que já é tão carente de recursos culturais por meio do fechamento de cursos; apresentações e atividades culturais na cidade. Assim diversas ações articuladas ocorreram como reuniões e audiências públicas com o intuito de impedir esse grande retrocesso.

Em 27 de Março, por exemplo, o movimento organizou grande ato que de forma artísticas demonstrou todos os erros cometidos pela gestão Dória na área de Cultura. A ação ocorreu em frente ao teatro municipal seguido de passeata pelas vias da República até a Secretaria da Cultura, na Galeria Olido. Ato este que inclusive foi matéria no G1. Segundo a matéria, havia cerca de 2,5 mil pessoas seguiram o cortejo em alas e na comissão de frente, geladeiras eram empurradas por artistas simbolizando o congelamento de mais de 40% da verba destinada a cultura na cidade de São Paulo, em seguida, performers e atores encenaram a morte e a doença da Cultura em São Paulo. Artistas de circo; músicos que tocavam instrumentos de percussão; banda e dançarinos também compunham a passeata.

Os artistas questionavam na passeata como a gestão Doria iria manter os projetos que estão em andamento sob amparo legal sem metade do orçamento. O objetivo dos artistas manifestantes era de que a lei fosse cumprida para que projetos já aprovados sejam mantidos.

Na passeata os artistas citaram por exemplo os “336 arte-educadores dos programa de formação PiÁ e Vocacional, que estão há cerca de 10 anos em atividade, não foram recontratados pela Prefeitura”. “Ele atendia a mais de 8 mil crianças e adolescentes”, afirmou Magaldi. “A Prefeitura demonstra uma total fala de diálogo com os artistas. Até convocam reuniões com as categorias, mas para informar que não vão descongelar”, disse Bastos.

Outras falas importantes foram a dos integrantes do coletivo de hip hop Back Spin explicaram a importância do investimento na cultura: “Trabalhamos com pessoas. Com o bem-estar, com a felicidade, com o conhecimento, com a união, com a troca, com a informação. O descongelamento prejudica a periferia”, explicou Marcelinho.

A Cultura fortalece o intelecto das massas, que passam a cobrar pelos seus direitos. A Cultura forma um povo pensante, atuante. E a redução da verba mostra que aparentemente isso não interessa para o governo”, afirmou Banks.

Outro destaque foi a fala dos Representantes do Programa Aldeias, sobre o impacto junto às comunidades Guaranis de São Paulo.: “Dependemos do descongelamento para dar continuidade ao programa. A Cultura é o modo como um povo dá significado à realidade, e as tradições Guarani, apesar de marginalizadas, são de uma riqueza singular”, explicou Guilherme Martins.

Na nota o movimento salienta ainda que a atual gestão ignora um processo de 14 anos de participação social, que se iniciou em 2003 na primeira conferência municipal de cultura e se concretizou no Plano Municipal de Cultura e do Plano Municipal do Livro, Literatura, Leitura e Bibliotecas, documentos construídos com ampla participação social e que prevê uma série de metas e diretrizes para a cultura na cidade de São Paulo até 2025 além de estar “ocorrendo um desmonte de políticas culturais já consolidadas na cidade” citando como exemplo dos (a) cortes nas oficinas culturais nos CEUS e outros equipamentos (Programas Piá e Vocacional); (b) a diminuição de 30% dos recursos destinados ao Programa VAI (política que busca incentivar a autonomia da juventude periférica); (c) suspensão do Programa Aldeias (que fortalece aldeias indígenas existentes na cidade); (d) os cortes nos programas de fomento a grupos culturais (teatro, dança, circo, cultura digital, periferia); (e)os atrasos de pagamento aos agentes comunitários de cultura.” Nesse ponto o movimento ressalta:
É importante destacar que em todas as conversas com os movimentos culturais, o atual secretário André Sturm se mostrou impaciente, autoritário e sem a mínima capacidade de escuta, postura inadequada para um representante do poder público em pleno século XXI. Por conta disso não houve nenhum avanço nas negociações iniciais. Pelo contrário, o pior vem acontecendo.”
A nota elenca ainda outras ações que revelam postura antiética, autoritária e descompromissada com o interesse público do secretário André Sturm:
“(1) Interferência do Secretáriona seleção dos projetos do Programa VAI, que decidiu de forma monocrática desclassificar cinco grupos que foram selecionados pela comissão. – Uma medida que segundo o Movimento foi uma retaliação a grupos que questionaram suas primeiras atitudes à frente da Secretaria Municipal de Cultura
(2) Ameaça a agentes culturais da zona leste, onde em pleno gabinete o secretário disse que iria “quebrar a cara” de um dos integrantes do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo
(3) Racismo institucional e perseguição individual ao artista e trabalhador da cultura Aloysio Letra, que foi expulso de uma reunião pública sem motivos.
(4) Fechamento do Clube do Choro, atividade que contava com o apoio da comunidade do entorno do Teatro Municipal Arthur Azevedo;
(5) Demissão em massa de funcionários da SMC, devido as orientações ideológicas e ao posicionamento político destes.
(6) Censura aos artistas que se apresentariam na Virada Cultural
(7) Indícios de direcionamento em licitação do Teatro Municipal, que favoreceria uma jornalista indicada pelo próprio secretário;
(8) Irregularidades no novo edital de fomento a dança, que desrespeita os princípios estabelecidos em lei;
(9) Ameaça de descumprimento da Lei de Fomento às Periferias, cujo edital deveria ter sido lançado no início de maio.
(10) Interferências no processo licitatório do carnaval de rua, uma manobra criticada inclusive pelo próprio Tribunal de Contas do Município”

Frente aos diversos e graves motivos listados acima os movimentos culturais da cidade de São Paulo, organizados em torno da Frente Única da Cultura estão exigindo a saída imediata do secretário em exercício, André Sturm.

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Página Frente única da Cultura: https://www.facebook.com/frenteunicadacultura/