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Itanhaém está entre as últimas cidades da Baixada Santista à contemplar os fazedores de Cultura da Lei Paulo Gustavo!

Itanhaém é uma entre as nove cidades da Baixada Santista de São Paulo e a morosidade para fomentação da Lei Paulo Gustavo, destaca – se ao lado de Cubatão que permanece na retaguarda para divulgação da lista de aprovados. Em contrapartida: Bertioga, Praia Grande, São Vicente, Peruíbe, Mongaguá e Santos estão em processo de pagamento ou já contemplaram os fazedores de cultura de seus respectivos municípios.

O descaso das políticas públicas da cidade de Itanhaém, impacta profundamente a população que anseia por oportunidades profissionais e se afoga no limbo e escassez de diversidade cultural. Notadamente percebemos que a cidade investe em mega shows de artistas do cenário nacional e paralelamente os artistas locais, encontram -se ao Deus dará.

A Lei Paulo Gustavo é uma Lei emergencial que tem como proposito, agraciar artistas que estão á margem da sociedade e o atraso deste recurso para muitos fazedores de cultura, representa a manutenção da miséria de povos em situação de vulnerabilidade.

*Na oportunidade até o fechamento desta matéria não foi divulgada a lista dos fazedores de cultura contemplados (28/03/2024).

Dia internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: Mulheres Negras e Indígenas Marcham juntas neste 25 de Julho em São Paulo

Hoje, dia 25 de Julho, Mulheres negras e indígenas irão marchar juntas no ato “Mulheres Negras e Indígenas por nós, por todas nós, pelo bem viver”

A marcha ocorre no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela – liderança quilombola que foi reconhecida no Brasil por meio da Lei Federal 12.987/2004.
Com concentração às 17h na praça Roosvelt e encerramento no largo do Paissandú. Clique aqui para confirmar sua presença pelo Facebook

História do 25 de julho

Em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, realizou-se o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, ocasião em que duas decisões foram tomadas: a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de julho como o Dia da Mulher Afro-latina-americana e Caribenha. A data busca fortalecer a aliança de resistência entre mulheres negras num combate às opressões de gênero, classe e étnico-raciais nas regiões em que vivem além de fortalecer ações feministas, Em especial o feminismo negro interseccional, além de união as organizações sociais que visem o enfrentamento ao racismo, machismo, e todas às opressões sofridas pelas mulheres que lidam com situações de discriminação de classe social, etnia e religiosidade.
Comemoração do 25 de Julho No Brasil
25 de Julho é então uma data que une celebração e posicionamento político por meio de reivindicações de direitos e a celebração da ancestralidade. Em 2015 foi realizada a primeira Marcha das Mulheres negras em Brasília por meio da articulação de diversas redes de mulheres negras em nível nacional que levou nome de "Marcha das Mulheres Negras contra o racismo, o machismo, a violência e pelo Bem Viver" reunindo cerca de 50 mil mulheres em Brasília-DF, reivindicando políticas públicas e reparação pelas desigualdades estruturais como o racismo. À época foi lançado o documento Manifesto da Marcha das Mulheres Negras 2015.
Em 2016 o coletivo autônomo e independente Marcha das Mulheres Negras de São Paulo que ajudou a construir a Marcha de 2015, organizou no ano passado a primeira marcha pelo 25 de Julho na cidade de São Paulo, que reuniu mais de 3 mil mulheres na região central de São Paulo.
Em 2017 temos então a 2ª edição da Marcha em São Paulo. Entre as reivindicações deste ano no manifesto Mulheres Negras e Indígenas: Por Nós, por todas nós e pelo bem viver o coletivo coloca que:

"Neste 25 de julho, nós mulheres negras e indígenas, que sempre lutamos para sobreviver à violência dos que nos trouxeram escravizadas a este país ou ocuparam nossas terras e impuseram uma política escravizadora e colonialista, voltamos às ruas com a força das nossas ancestrais e de milhares de lutadoras anônimas para gritar bem alto que seguimos em marcha. Marchamos contra o racismo, o genocídio do povo negro, o feminicídio, o machismo, o etnocídio, a lesbofobia, a bifobia e a transfobia, o racismo religioso e todas as formas de violência e violação dos direitos humanos, contra o golpe e a retirada de nossos direitos

(…)

Seguimos em marcha também pela liberdade de Rafael Braga – vítima do racismo estruturante do Estado penal brasileiro que produz um judiciário corrompido pelo elitismo, que legitima o genocídio da população negra. Há milhares dos nossos encarcerados, com destaque para o fato do encarceramento de mulheres ter aumentado 500% e duas a cada três mulheres com privação de liberdade serem negras.

Marchamos para pôr fim aos feminicídios – que contra nós mulheres negras cresceu 54% em dez anos.

(…)para denunciar as mortes de crianças na aldeia do Jaraguá por falta de assistência à saúde e saneamento básico, o confinamento de povos indígenas em benefício da especulação imobiliária, a discriminação de indígenas no mercado de trabalho e as violências sexuais contra as meninas. Um etnocídio que já dura 517 anos e se intensificou com o avanço sobre as terras indígenas para crescimento das cidades.

Nossa vida de mulher negra e indígena nunca foi fácil. E se somos bissexuais, lésbicas, travestis e transexuais, contrariando os padrões hegemônicos da sociedade, tudo fica ainda mais difícil.(…)"

Este ano o ato contará ainda com diversas intervenções artísticas como abertura com Ilú Obá De Min, e show da DJ Luana Hansen no fechamento da Marcha. Outro diferencial será o oferecimento de espaço onde funcionará uma creche para que as mães também possam participar da Marcha . A iniciativa é da Coletiva Luana Barbosa e a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo
Local da creche: Centro de Memoria do Circo – av. São João, 473 (sobreloja da Galeria Olido)
Horário de funcionamento: 17hrs às 22hrs

Inscrições para a creche Aqui

Bora Marchar!!!

  • Quando? Hoje 25 de Julho (terça-feira)
  • Onde? Concentração: às 17h na Praça Roosevelt – Região Central de São Paulo
  • Encerramento: Largo do Paissandú

Pela Inclusão do nome do Mestre Natal ao Nome da Casa de Cultura da Brasilândia

Por: Paloma Camargo –  Colaboração de Ester Horta

Petição Pública pede a inclusão do Mestre de Capoeira “Mestre Natal” no nome da Casa de Cultura de Brasilândia, Mestre Natal é um importante nome da história cultural do bairro.

Histórico da Casa de Cultura da Brasilândia:

A Casa de Cultura da Brasilândia foi criada no ano de 2009. Em 2010 aconteceu sua pré-inauguração e a Casa ficou sob supervisão da Prefeitura da Freguesia/Brasilândia até setembro de 2014, quando por meio do Decreto nº 55.547 de 26 de setembro de 2014 passou a ser um equipamento vinculado à Secretaria Municipal de Cultura.

O espaço conta com diversas atividades como: aulas de capoeira, aulas de artes, exposições, sessões solenes, dança do ventre, projeto Samba do Gongo, samba rock e artesanato. A maioria das atividades são oferecidas por voluntários que se dedicam em prol da população da região.

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O espaço conta ainda com uma área de 2.200m² distribuídos entre um amplo salão e anfiteatro ao ar livre.

Trajetória e legado do Mestre Natal na região da Brasilandia:

Mestre Natal nasceu em 1960 na região da Brasilândia, filho de mãe diarista e pai pedreiro, aos 10 anos Mestre Natal começou a trabalhar como engraxate em frente ao Murata, para ajudar em casa.

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Mestre Natal  junto à “Família Irmãos Unidos” (FIU) numa roda de Capoeira na região da Brasilândia

 

A Capoeira na Brasilândia:
A FIU (Família Irmãos Unidos) Capoeira foi criada pelo Mestre Natal (Natalino Dias da Cruz) em 12 de junho de 1980. O seu projeto foi levado para a Vila Brasilândia, em 1982.O saudoso Mestre Natal é então um dos grandes mestres da Brasilândia, mesmo não sendo o pioneiro na região. Atualmente o grupo é gerenciado pela Mestra Mãe André (Andréa Teixeira dos Santos). Natal iniciou-se na Capoeira com Mestre Oswaldão, recebendo a graduação de mestres das mãos de Mestre Grande, ambos do Grupo Dois de Ouro (Pinheiro).
Mestre Natal nunca abriu mão de investir seu tempo em espaços públicos, em meio a comunidades carentes, para que estas pudessem ter acesso a cultura popular. Deu aulas em escolas na Brasilândia, foi diretor por anos do Clube Oswaldo Brandão (Fazendinha), e sua atuação teve muita relevância, e até hoje o seu nome é lembrado pelos moradores do bairro.

Mestre Natal faleceu em 2002 e deixou mais de 100 profissionais formados na Capoeira, e a grande maioria moradores da região

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A Casa de Cultura da Brasilândia não possui um nome ainda, ajude com sua assinatura em homenagem a este grande homem que fez tanto pelas pessoas do bairro além de ter sido um dos mais importantes atletas do Brasil.

Assine e ajude a divulgar a Petição: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR99699

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Fontes:

Artistas ocuparam a Secretaria de Cultura em ato contra o Desmonte da Cultura em São Paulo

Durante 48 horas profissionais das artes de seguimentos diversos ficaram acampados na Secretaria da Cultura exigindo imediato afastamento do Secretario da Cultura André Sturm, por discordarem da competência do mesmo em dialogar com a classe artística.

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Manifestantes passaram a noite na secretaria municipal da cultura de São Paulo, pedindo à saída do secretário depois da divulgação de um áudio gravado entre um ativista e o secretário da cultura de São Paulo André Sturm, no qual ele ameaça “ quebrar a cara” do ativista depois de ser questionado por ele sobre os problemas atuais enfrentados pelos artistas com os cortes das verbas para a cultura de São Paulo.

Após mais de 18 horas de ocupação, houve uma reunião com o secretário especial de Relações Governamentais, Milton Flávio que foi enviado pela prefeitura afim de negociar o fim do ato, no entanto, a posição da prefeitura por ora é manter Sturm que ameaçou “quebrar a cara” de um ativista, como secretário da cultura de São Paulo.

Por fim, passadas 30 horas de ocupação, na noite de ontem , dia 01º/05, os 70 artistas que ocupavam o gabinete so secretário de cultura André Strum, depois de assembleia decidiram deixar o local diante da  possibilidade de uma ação policial d reintegração de posse por determinação do prefeito João Dória (PSDB).  Quando deixaram o prédio da Galeria Olido este ja estava cercado por PMs e policiais da guarda civil.

Agora o movimento Frente Única de Cultura convoca uma audiência para 5 de junho, às 19h no Galpão Folias (ao lado do metrô Santa Cecília) a fim  de se articular os próximos passos.

Recapitulando…. 

Os manifestantes se manterão firmes pacificamente com o propósito da saída de André Sturm de seu atual cargo.
Abaixo vídeo sobre o estopim, que culminou com o transbordamento e indignação por partes dos ocupantes do movimento, foi a fala de Sr. Andre Sturm  proferida ao agente de cultura Gustavo Soares, de 25 anos, no qual Sturm disse em tom ameaçador: “Vou quebrar a sua Cara”


Frente ao ocorrido o Movimento Frente Única de Cultura (FUC) lançou uma nota de repúdios na qual apontam os diversos erros e a postura autoritária da gestão do atual secretário municipal de cultura (André Sturm) a começar pelo anúncio de Doria sobre o congelamento dos recursos de cultura que, segundo o movimento, já era um
Prenúncios do desmonte da cultura que estava por vir e traria impacto em especial aos bairros periféricos da cidade de São Paulo, região que já é tão carente de recursos culturais por meio do fechamento de cursos; apresentações e atividades culturais na cidade. Assim diversas ações articuladas ocorreram como reuniões e audiências públicas com o intuito de impedir esse grande retrocesso.

Em 27 de Março, por exemplo, o movimento organizou grande ato que de forma artísticas demonstrou todos os erros cometidos pela gestão Dória na área de Cultura. A ação ocorreu em frente ao teatro municipal seguido de passeata pelas vias da República até a Secretaria da Cultura, na Galeria Olido. Ato este que inclusive foi matéria no G1. Segundo a matéria, havia cerca de 2,5 mil pessoas seguiram o cortejo em alas e na comissão de frente, geladeiras eram empurradas por artistas simbolizando o congelamento de mais de 40% da verba destinada a cultura na cidade de São Paulo, em seguida, performers e atores encenaram a morte e a doença da Cultura em São Paulo. Artistas de circo; músicos que tocavam instrumentos de percussão; banda e dançarinos também compunham a passeata.

Os artistas questionavam na passeata como a gestão Doria iria manter os projetos que estão em andamento sob amparo legal sem metade do orçamento. O objetivo dos artistas manifestantes era de que a lei fosse cumprida para que projetos já aprovados sejam mantidos.

Na passeata os artistas citaram por exemplo os “336 arte-educadores dos programa de formação PiÁ e Vocacional, que estão há cerca de 10 anos em atividade, não foram recontratados pela Prefeitura”. “Ele atendia a mais de 8 mil crianças e adolescentes”, afirmou Magaldi. “A Prefeitura demonstra uma total fala de diálogo com os artistas. Até convocam reuniões com as categorias, mas para informar que não vão descongelar”, disse Bastos.

Outras falas importantes foram a dos integrantes do coletivo de hip hop Back Spin explicaram a importância do investimento na cultura: “Trabalhamos com pessoas. Com o bem-estar, com a felicidade, com o conhecimento, com a união, com a troca, com a informação. O descongelamento prejudica a periferia”, explicou Marcelinho.

A Cultura fortalece o intelecto das massas, que passam a cobrar pelos seus direitos. A Cultura forma um povo pensante, atuante. E a redução da verba mostra que aparentemente isso não interessa para o governo”, afirmou Banks.

Outro destaque foi a fala dos Representantes do Programa Aldeias, sobre o impacto junto às comunidades Guaranis de São Paulo.: “Dependemos do descongelamento para dar continuidade ao programa. A Cultura é o modo como um povo dá significado à realidade, e as tradições Guarani, apesar de marginalizadas, são de uma riqueza singular”, explicou Guilherme Martins.

Na nota o movimento salienta ainda que a atual gestão ignora um processo de 14 anos de participação social, que se iniciou em 2003 na primeira conferência municipal de cultura e se concretizou no Plano Municipal de Cultura e do Plano Municipal do Livro, Literatura, Leitura e Bibliotecas, documentos construídos com ampla participação social e que prevê uma série de metas e diretrizes para a cultura na cidade de São Paulo até 2025 além de estar “ocorrendo um desmonte de políticas culturais já consolidadas na cidade” citando como exemplo dos (a) cortes nas oficinas culturais nos CEUS e outros equipamentos (Programas Piá e Vocacional); (b) a diminuição de 30% dos recursos destinados ao Programa VAI (política que busca incentivar a autonomia da juventude periférica); (c) suspensão do Programa Aldeias (que fortalece aldeias indígenas existentes na cidade); (d) os cortes nos programas de fomento a grupos culturais (teatro, dança, circo, cultura digital, periferia); (e)os atrasos de pagamento aos agentes comunitários de cultura.” Nesse ponto o movimento ressalta:
É importante destacar que em todas as conversas com os movimentos culturais, o atual secretário André Sturm se mostrou impaciente, autoritário e sem a mínima capacidade de escuta, postura inadequada para um representante do poder público em pleno século XXI. Por conta disso não houve nenhum avanço nas negociações iniciais. Pelo contrário, o pior vem acontecendo.”
A nota elenca ainda outras ações que revelam postura antiética, autoritária e descompromissada com o interesse público do secretário André Sturm:
“(1) Interferência do Secretáriona seleção dos projetos do Programa VAI, que decidiu de forma monocrática desclassificar cinco grupos que foram selecionados pela comissão. – Uma medida que segundo o Movimento foi uma retaliação a grupos que questionaram suas primeiras atitudes à frente da Secretaria Municipal de Cultura
(2) Ameaça a agentes culturais da zona leste, onde em pleno gabinete o secretário disse que iria “quebrar a cara” de um dos integrantes do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo
(3) Racismo institucional e perseguição individual ao artista e trabalhador da cultura Aloysio Letra, que foi expulso de uma reunião pública sem motivos.
(4) Fechamento do Clube do Choro, atividade que contava com o apoio da comunidade do entorno do Teatro Municipal Arthur Azevedo;
(5) Demissão em massa de funcionários da SMC, devido as orientações ideológicas e ao posicionamento político destes.
(6) Censura aos artistas que se apresentariam na Virada Cultural
(7) Indícios de direcionamento em licitação do Teatro Municipal, que favoreceria uma jornalista indicada pelo próprio secretário;
(8) Irregularidades no novo edital de fomento a dança, que desrespeita os princípios estabelecidos em lei;
(9) Ameaça de descumprimento da Lei de Fomento às Periferias, cujo edital deveria ter sido lançado no início de maio.
(10) Interferências no processo licitatório do carnaval de rua, uma manobra criticada inclusive pelo próprio Tribunal de Contas do Município”

Frente aos diversos e graves motivos listados acima os movimentos culturais da cidade de São Paulo, organizados em torno da Frente Única da Cultura estão exigindo a saída imediata do secretário em exercício, André Sturm.

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Página Frente única da Cultura: https://www.facebook.com/frenteunicadacultura/